sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

CRÔNICAS DA FAMÍLIA CAZALET

   1 - Os anos da inocência

Sussex, 1937. 

O verão é sempre uma altura animada para os Cazalet. Os irmãos Hugh, Edward e Rupert levam as suas mulheres e filhos para a casa de campo da família, onde se juntam aos pais e à irmã Rachel. Os dias soalheiros são preenchidos com jogos, piqueniques na praia, passeios e banquetes. São dois meses repletos de alegre confusão para o clã. 

Mas nem este idílico cenário consegue afastar medos, dor e solidão. Hugh vive atormentado pelas memórias dos campos de batalha em França, e teme que o mundo entre novamente em conflito. O charmoso Edward tem assuntos mais mundanos com que se preocupar - desde que a mulher, Villy, uma ex-bailarina entediada, não descubra. Rupert, artista talentoso, descobre que não consegue ser simultaneamente bom pintor e bom marido. E a lealdade feroz de Rachel para com a família parece arruinar quaisquer perspetivas amorosas que possa ter. 

As três gerações da família Cazalet, os seus criados e amigos, sentem-se a salvo da tormenta que se avizinha na Europa. São verões inesquecíveis. Os derradeiros anos da inocência do mundo.

   2 - Tempo suspenso

Sussex, 1939. 

Na casa de campo dos Cazalet as janelas estão tapadas e os alimentos são racionados. Sobre a mansão outrora repleta de sol e de risos paira a negra sombra da guerra. As crianças despreocupadas da família deram lugar a adolescentes apreensivos, cada um com os seus desejos e temores. 

Louise, agora com dezesseis anos, acalenta o sonho de se tornar atriz. Clary dedica-se à escrita, e acredita fervorosamente que ainda voltará a ver o pai, desaparecido em combate. E Polly, de catorze anos, carrega um fardo que precisa partilhar. Três jovens entre a infância e a idade adulta, desesperadas por dar um sentido às suas vidas mas dolorosamente conscientes dos perigos que se avizinham. 

No segundo volume da saga Cazalet, Elizabeth Jane Howard volta a pintar o retrato de uma época através dos olhos de uma família. 

Com uma autenticidade conseguida apenas por quem viveu nesses tempos, a autora mostra-nos a realidade de uma sociedade em profunda mutação. 

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